quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Resoluções de Ano Novo


Eu só poderia acreditar num deus que soubesse dançar.
E quando vi meu demônio, pareceu-me sério, grave, profundo, solene.

Era o espírito da gravidade, ele é que faz cair as coisas.
Não é com ira, mas com riso que se mata.
Coragem! Vamos matar o espírito da gravidade!

Eu aprendi a andar.
Desde então, passei por mim mesmo a correr.
Eu aprendi a voar.
Desde então, não quero que me empurrem para mudar de lugar.

Agora sou leve, agora vôo, agora vejo abaixo de mim mesmo.
Agora um deus dança em mim.

Assim falava Zaratustra.


Trecho de "Assim Falava Zaratustra", de Nietzsche.

3 comentários:

Hanna disse...

Que texto lindo, instigante. Nietzsche é realmente transcendente. Copiei para o meu blog. Percebo que blogs têm uma característica interessante: oferecer aos outros o valor inscrustrado no meio das pedras da montanha dos sentidos do mundo... que recolhemos com a paciência e o suor de garimpeiros.
Feliz Natal!

Eduardo Mamcasz disse...

Grande Roberto
Comigo também acontece algo parecido.
Dentro de mim, existe um Deus que vive aprontando.
O danado é irriquieto.
Um Bom 2008

Unknown disse...

Epicondilite, realmente merece respeito, porque não é somente os tenistas que podem ter o privilegio de ter meu amigo , mas nós que trabalhamos o dia todo com nossos cotovelos mal apoiados.Hora sabe que nem senti inveja de vc.pq já passei por essas dores .Mas só ás tem quem faz os famosos movimentos repetitivos e deles não estamos livres.Só tenho a confirmar a vc o seguinte Dóiiiiiiiii muito.